Presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Jair Renan |
Após atritos
públicos entre o Presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Social
Liberal (PSL), Deputado Federal Luciano Bivar, a família Bolsonaro resolveu
criar sua própria legenda: a denominada Aliança pelo Brasil.
O Presidente
Bolsonaro já desfiliou-se
do PSL, juntamente com um de seus filhos, o Senador Flávio Bolsonaro. A jurisprudência
eleitoral permite que mandatários eleitos pelo sistema majoritário (Presidente
da República e Senador da República, por exemplo) possam sair do partido sem
que isso configure infidelidade partidária. Mas o mesmo não acontece com os
outros filhos do Presidente, no caso do Vereador Carlos Bolsonaro e o Deputado Federal
Eduardo Bolsonaro, que, para não perder o mandato, só podem sair do partido no período
que a lei permite.
É público
que o Presidente Bolsonaro possui algumas características marcantes, como o
autoritarismo, por exemplo. Ele já deixou isso muito claro em diversas
oportunidades. No entanto, no PSL, o Presidente Bolsonaro não conseguia dar as
cartas como gostaria, de forma plena, pois o legítimo presidente da sigla não permitia,
uma vez que a “casa” era sua quando Bolsonaro chegou e não era esse o acordo
firmado às vésperas das eleições 2018. O acordo era que Bolsonaro ficaria a
frente do PSL somente durante o período eleitoral, inclusive indicando o presidente
nacional à época, Gustavo Bebianno, quando este ainda gozava da confiança da
família Bolsonaro.
Certidão de registro do Aliança pelo Brasil |
Após uma tentativa
frustrada de golpe interno no PSL, a família Bolsonaro resolveu criar sua
própria legenda e já deu os primeiros passos para o nascimento da legenda, inclusive
publicando
o estatuto do Aliança pelo Brasil no Diário Oficial da União e registrando junto
ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas de Brasília.
Na esteira
da popularidade do Presidente Jair Bolsonaro, as redes sociais do Aliança pelo Brasil
já contam com milhares de seguidores. Mas a grande luta dos envolvidos será
conseguir organizar a coleta de assinaturas e ter o aval da Justiça Eleitoral
até abril de 2020 para que o partido possa participar das eleições municipais do
próximo ano. Caso isso não aconteça, o Café acredita que o Presidente terá
dificuldades para montar sua base político-partidária para as eleições 2022, quando
deve tentar a reeleição.
Na composição
da diretoria da comissão provisória do Aliança pelo Brasil os 4 filhos de Bolsonaro
estão nos principais cargos, inclusive o mais novo, Jair
Renan, que ainda não participava do meio político-partidário mais diretamente.
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