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Pará/Brasil

domingo, 8 de dezembro de 2019

Um partido para chamar de seu: Presidente Jair Bolsonaro e família iniciam a criação do partido “Aliança pelo Brasil”


Presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Jair Renan

Após atritos públicos entre o Presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Social Liberal (PSL), Deputado Federal Luciano Bivar, a família Bolsonaro resolveu criar sua própria legenda: a denominada Aliança pelo Brasil.

O Presidente Bolsonaro já desfiliou-se do PSL, juntamente com um de seus filhos, o Senador Flávio Bolsonaro. A jurisprudência eleitoral permite que mandatários eleitos pelo sistema majoritário (Presidente da República e Senador da República, por exemplo) possam sair do partido sem que isso configure infidelidade partidária. Mas o mesmo não acontece com os outros filhos do Presidente, no caso do Vereador Carlos Bolsonaro e o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, que, para não perder o mandato, só podem sair do partido no período que a lei permite.

É público que o Presidente Bolsonaro possui algumas características marcantes, como o autoritarismo, por exemplo. Ele já deixou isso muito claro em diversas oportunidades. No entanto, no PSL, o Presidente Bolsonaro não conseguia dar as cartas como gostaria, de forma plena, pois o legítimo presidente da sigla não permitia, uma vez que a “casa” era sua quando Bolsonaro chegou e não era esse o acordo firmado às vésperas das eleições 2018. O acordo era que Bolsonaro ficaria a frente do PSL somente durante o período eleitoral, inclusive indicando o presidente nacional à época, Gustavo Bebianno, quando este ainda gozava da confiança da família Bolsonaro.

Certidão de registro do Aliança pelo Brasil

Após uma tentativa frustrada de golpe interno no PSL, a família Bolsonaro resolveu criar sua própria legenda e já deu os primeiros passos para o nascimento da legenda, inclusive publicando o estatuto do Aliança pelo Brasil no Diário Oficial da União e registrando junto ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas de Brasília. 

Na esteira da popularidade do Presidente Jair Bolsonaro, as redes sociais do Aliança pelo Brasil já contam com milhares de seguidores. Mas a grande luta dos envolvidos será conseguir organizar a coleta de assinaturas e ter o aval da Justiça Eleitoral até abril de 2020 para que o partido possa participar das eleições municipais do próximo ano. Caso isso não aconteça, o Café acredita que o Presidente terá dificuldades para montar sua base político-partidária para as eleições 2022, quando deve tentar a reeleição.

Na composição da diretoria da comissão provisória do Aliança pelo Brasil os 4 filhos de Bolsonaro estão nos principais cargos, inclusive o mais novo, Jair Renan, que ainda não participava do meio político-partidário mais diretamente.

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